Fabretti pelo Brasil
As histórias e relatos foram redigidos por Tatiana Fabretti segundo informações originais obtidas no Mural de Recados deste site.
Rio de Janeiro - RJ
Fábio Fabrício Fabretti
E-mail eviado por Fábio Fabricio Fabretti, onde ele nos conta um pouco de sua história.
Fábio Fabricio Fabretti
Meu nome é Fábio Fabrício Fabretti. Tenho trinta anos. Sou professor de Literatura Brasileira e Portuguesa, pesquisador, dramaturgo, roteirista, jornalista, ghost writer e o que mais me chamarem pra ser. Já fiz um pouco de tudo na vida. Estudei artes cênicas. Fugi de casa.
Já rodei por alguns cantos do mundo. Tive vários sonhos também. Alguns se realizaram, outros se perderam no meio do caminho e uns se mantêm vivos, insistentes. Nasci em uma cidade chamada Maringá, a terceira maior do Paraná, e atualmente vivo no Rio de Janeiro.
A noite é o meu refúgio, meu berço e meu labirinto. A música é a asa que Deus não me deu.
E meus bichos de estimação - que todos abominam - uma lagosta, caranguejos, enguias, ratos e camundongos acompanham-me fielmente! Não, não sou uma pessoa normal. Sempre achei que um Fabretti não poderia ser. Minha família era muito pequena. Alguns morreram e sobrou pouco. A história nunca foi contada. Possuir um sobrenome original não é só excêntrico, diferente, bonito. Pode ser solitário também. Várias vezes em vários lugares abri as páginas amarelas de diferentes cidades e regiões, na esperança de encontrar familiaridade em algum canto. E nada. Então acabava desistindo. Ao menos por algum tempo.
Sei muito pouco dos meus antepassados: minha bisavó sofria de esclerose e queimou os documentos que possuía. Entre eles havia uma carta que comprovava a chegada do meu bisavó ao Brasil, um Fabretti solitário que veio afugentado no porão de um navio e aportou em algum ponto desse país. Da minha história, é só o que sei. E confesso-lhes que é muito pouco para uma pessoa carregar na vida.
O fato é que a Internet me trouxe vocês, pessoas distantes, diferentes, estranhas, mas ligadas a mim por uma simples palavra, um mero sobrenome. Nome que, no entanto, faz a diferença. Traz brilhos. Dá sonhos. Deixa alegria, um vínculo, uma liga. E esse testemunho verborrágico é só para dizer a todos vocês que gostei muito de tê-los descobertos e que a página é merecida. Gostaria de um dia conhecer vocês, uma parte desgarrada da família.
E mesmo que essa amizade-parentesca não passe de um visor, já faz parte de mim e já mudou muita coisa.
Quem sabe um dia a vida nos reúna em algum super-encontro!
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